Como a Realidade Aumentada Está Transformando a Educação e a Arte nas Escolas

Descubra como a realidade aumentada está sendo usada na educação e na arte para engajar estudantes, revitalizar espaços escolares e promover criatividade com tecnologia.

ARTECRIATIVIDADE

autor: Astral

7/12/2025

Um Novo Olhar para o Espaço Educativo

Em um mundo cada vez mais conectado e visual, a educação precisa se reinventar para dialogar com as novas linguagens que cercam os estudantes. Nesse contexto, a realidade aumentada (RA) surge como uma ferramenta poderosa para criar experiências imersivas, interativas e altamente significativas dentro e fora da sala de aula.

Ao sobrepor elementos virtuais ao mundo real por meio de dispositivos móveis, como celulares e tablets, a RA permite que conteúdos ganhem vida: mapas podem flutuar sobre a mesa, esculturas podem girar no ar, e obras de arte podem contar sua própria história com animações, som e interação.

Essas possibilidades abrem caminho para projetos educacionais inovadores, que combinam tecnologia, criatividade e arte de forma acessível. E foi justamente esse o ponto de partida para a pesquisa e experiências desenvolvidas pelo artista visual Sérgio Astral em contextos escolares e comunitários.

Arte urbana com sobreposição digital

Como a Realidade Aumentada Está Transformando a Educação e a Arte nas Escolas

QR Code em mural com celular ativando conteúdo virtual

Pesquisa e Experimentações com RA em Escolas Públicas

Desde 2022, Sérgio Astral vem se dedicando à investigação de como a realidade aumentada pode enriquecer a experiência artística em escolas da rede pública. Seus experimentos envolvem o uso de aplicativos gratuitos como o Artivive, Adobe Aero e plataformas de modelagem 3D para criar "portais visuais" em paredes, livros e desenhos feitos pelos próprios alunos.

Em oficinas aplicadas em escolas do Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro, o artista convidou crianças e adolescentes a criar imagens que depois ganhariam vida através da RA. A experiência de ver sua própria arte se movimentar e interagir com o espaço ao redor gerou um forte senso de pertencimento, encantamento e aprendizado multidisciplinar.

"A realidade aumentada não é só tecnologia; ela é linguagem. E quando a usamos de forma sensível, ela amplia o que a arte sempre fez: criar presenças poéticas no cotidiano", afirma Sérgio Astral.

QR Code em mural com celular ativando conteúdo virtual

Sérgio Astral em ação com alunos, aula de pintura para RA.

Aplicações e Benefícios Pedagógicos

A RA tem se mostrado uma aliada poderosa no engajamento estudantil. Segundo estudos educacionais recentes, recursos visuais imersivos aumentam a retenção de conteúdo em até 80%. No caso da arte, o impacto é ainda mais potente: os estudantes deixam de ser apenas observadores para se tornarem autores e espectadores da sua própria obra.

Entre os principais benefícios pedagógicos da RA estão:

Aprendizado por imersão e experiência
Acessibilidade de conteúdo para diferentes estilos de aprendizagem
Integração entre disciplinas (arte, ciências, história, tecnologia)
Estímulo à criatividade e ao pensamento crítico

Em projetos realizados por Astral, alunos criaram "murais vivos" com QR Codes que ativavam animações, poesias sonoras ou falas de personagens históricos. Essas práticas ressignificaram o uso dos corredores escolares e incentivaram a interação entre diferentes turmas.

Sérgio Astral em ação com alunos, aula de pintura para RA.

Arte Urbana e RA: Uma Nova Frente de Intervenção

A pesquisa de Sérgio Astral também aponta para o potencial da RA em projetos de arte urbana. Em colaboração com muralistas e educadores, o artista desenvolveu intervenções em praças e muros de escolas que, ao serem escaneados por um celular, revelavam camadas ocultas: animações, vozes de moradores e elementos narrativos conectados à história local.

Esse tipo de iniciativa contribui para o fortalecimento do vínculo entre escola, comunidade e território. Mais do que criar impacto estético, as obras em RA funcionam como arquivos vivos da memória coletiva e como convite permanente à interatividade.

Na perspectiva do artista, "a cidade pode ser um livro expandido. Cada parede pode contar uma história se dermos as ferramentas certas para que isso aconteça."