Carlito Carvalhosa: A Materialidade e o Tempo na Exposição A Metade do Dobro
A exposição “A metade do dobro” de Carlito Carvalhosa no Instituto Tomie Ohtake explora 40 anos de arte experimental em pintura, escultura e instalação. Entrada gratuita!
EXPOSIÇÕES
autor: Astral
11/4/2024


Carlito Carvalhosa – A metade do dobro: uma jornada de quase quatro décadas na arte experimental
A exposição “Carlito Carvalhosa – A metade do dobro” apresenta um mergulho profundo no universo de experimentação do artista paulistano Carlito Carvalhosa, cobrindo um recorte extenso de sua carreira, de 1984 a 2021. Conhecido por ultrapassar as fronteiras tradicionais da pintura, escultura e instalação, Carvalhosa explora constantemente as possibilidades e os limites dos materiais, criando obras que desafiam a percepção e a interpretação do espectador.
Com curadoria de Ana Roman, Lúcia Stumpf, Luis Pérez-Oramas e Paulo Miyada, a mostra ocupa três salas no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, organizadas de forma a promover diálogos sutis entre obras que exploram tanto as permanências quanto as tensões em sua trajetória. Em vez de seguir uma ordem cronológica, a curadoria optou por uma disposição que reflete a complexidade e a intersecção de ideias no trabalho do artista, levando o visitante a uma experiência fluida, onde cada sala representa um novo aspecto do pensamento artístico de Carvalhosa.
Carlito Carvalhosa, Sem título (E17 96), 2011, cerâmica faiança, 30 x 33 x 59 cm. Foto: Flavio Freire divulgação


Explorando as materialidades e as tensões de Carlito Carvalhosa
Em “A metade do dobro”, os visitantes encontram obras que oscilam entre diferentes dimensões e sensações. Ao transitar por suas instalações, pinturas e esculturas, o público é convidado a refletir sobre como os materiais – seja o tecido, o metal, o gesso ou outros elementos – não apenas compõem as obras, mas também se tornam agentes de transformação e tensão no espaço expositivo. Cada material é escolhido a dedo, explorado em sua essência, e muitas vezes manipulado até o limite de suas possibilidades, o que resulta em uma experiência visual e sensorial singular.
As obras de Carvalhosa não apenas ocupam o espaço; elas o redefinem, criando rebatimentos visuais e emocionais que evocam questões sobre tempo, permanência e mudança. Essa característica, que permeia toda a sua produção, pode ser vista como um convite à contemplação das forças e fragilidades que compõem a existência e o próprio ato de criar.
Para quem se interessa em explorar mais sobre intervenções artísticas e o impacto de obras no espaço urbano e na experiência coletiva, confira nosso artigo sobre intervenções artísticas no blog. Ele apresenta insights sobre o papel dessas manifestações na vida urbana e no diálogo cultural contemporâneo, em linha com o trabalho de Carvalhosa.
Carlito Carvalhosa, Sem título (P04 92), 1992, Cera, gesso, argila e pigmento sobre tela sobre madeira, 31,5 x 31,5, 5,5 cm. Flavio Freire/divulgação


Visitação e informações práticas
A exposição “Carlito Carvalhosa – A metade do dobro” está aberta ao público no Instituto Tomie Ohtake, um dos principais espaços de arte contemporânea em São Paulo, conhecido por promover mostras que desafiam os limites da arte tradicional. A entrada é gratuita, e os visitantes podem aproveitar a exposição até o início de fevereiro de 2025.
Local: Instituto Tomie Ohtake, Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros, São Paulo
Datas: 25 de outubro de 2024 a 2 de fevereiro de 2025
Horários: De terça a domingo, das 11h às 19h
Entrada: Gratuita
Um convite à reflexão sobre a arte e a matéria
Para quem busca um mergulho na arte experimental e na complexidade das materialidades, “A metade do dobro”oferece uma experiência instigante e contemplativa. A obra de Carvalhosa dialoga com o espaço e convida o visitante a refletir sobre o que há de permanente e o que se dissolve na arte – e na vida. Essa é uma oportunidade imperdível para colecionadores, curadores, estudantes e amantes da arte que desejam explorar a interseção entre materiais e ideias.
Que tal visitar a exposição e descobrir como a obra de Carlito Carvalhosa transforma o espaço e desafia nossos sentidos?
Mira Schendel, A Pergunta, 1965, guache sobre papel, 31,5 x 38 cm, Coleção MAR – Museu de Arte do Rio Ricardo Miyada/divulgação
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